terça-feira, 1 de março de 2011

REPÓRTER BDB NO PRÉ-FOLIA

Estive passeando pelo Préfolia e foi muito legal, pois pude rever muitas pessoas, beber batidas e ficar de pilequinho. Foi muito bom mesmo. Estive no Gambino's tomando uma com dois amigos americanos que estavam na cidade. Eles são de Boston e estavam no cruzeiro marítimo de que participamos. Convidei os dois para virem à Monlevade e não é que vieram mesmo? Atualmente eles moram em Santos, mas vieram conhecer Monlecity depois que lhes enviei algumas fotinhas selecionadas, do Seara, do Areião e várias outras das imediações. Os dois gostam é de andar de bike e vieram equipados. Eu havia combinado de pedalar com eles no domingo cedo, mas do jeito que tomaram cachaça, temi que não dessem conta no outro dia. Pena que os dois não eram bonitinhos. No fundo, eu já estava de olho num outro cara que eu havia conhecido no próprio Gambinos, que tava me dando umas olhadas daquelas de deixar nua. Eu fiquei naquela, né. Dando bola de forma disfarçada como fazem as mulheres, esperando que ele tivesse coragem de chegar. Mas ficou nisso. Dali, sai com meus amigos americanos pra dar uma volta pela área do Pré-folia. Achei tudo muito organizadinho. O palco tava bonito, as barracas, tudo levava a crer que ficaria legal. Fiquei curiosa com relação a um ônibus que colocaram. Disseram-me que estavam distribuindo abadás e aproveitei pra ir até lá pra conhecer o tal ônibus. Foi ai que pude conversar pela primeira vez com o famoso Guilherme de Assis. Ele foi muito educado e me conseguiu um abadá. Perguntei se não haveria um lugar pra trocar a camiseta por ali. Guilherme arregalou os olhos por trás dos óculos e me falou que se eu quisesse, poderia trocar numa sala dentro do ônibus. Fiquei envergonhada e saí. Acabei me trocando no banheiro do Sucupira. Por falar no Sucupira, alí se concentravam os figurões da cidade. Levei muitas cantadas de homens casados ali. Povinho sem vergonha, viu. Detesto homem casado assanhado. O prefeito tava lá também, bonitinho como sempre. Mas a primeira dama estava por perto, de olho na mulherada que passa querendo tirar uma casquinha no prefeitinho. Ô home bonito, meu Deus. Pena que seja comprometido. Voltei pra praça e não encontrei Joe e Janson, mas me me encontrei com a turma da comunicação da prefeitura, que estava lá trabalhando. Conheço a Elis, mas ela nunca iria imaginar quem eu sou a Repórter BDB. Conheço também o Serginho de vista. Conheci também o tal de Emerson Duarte, que diziam que era cara fechada, mas que me tratou muito bem. De repente, vi na multidão meus amigos americanos. Estavam paralisados olhando uma mulata dançando. Cheguei, dei um cutucão no Joe e fomos tomar mais uma batidinha. Delícia. Geladinha e com uva. Ficamos por ali e fiquei reparando na galera e na moda. Para lhes falar a verdade, não vou na cola dos modismos. Prefiro inventar minha própria moda. Fiquei vendo uma meninas usando umas roupas horrorosas. Tem uns shorts com os bolsos sobrando que achei muito feios. Será que estou ficando velha? Francamente. Não dá pra gostar daquilo. Bolso foi feito pra gente esconder...principalmente dinheiro. Agora, de uma maneira geral, as meninas estavam muito bonitas. Parece que a turma está malhando muito. Só meninas coxudas e com seios turbinados. Será que essas meninas todas tão botando silicone? Eu ainda não tive coragem. Graças a Deus a minha comissão de frente está em cima ainda. Mas quando precisar, não hesitarei. Voltando ao carnaval, fui ficando por ali só na batida. Fiquei alegre e cai no funk. Não é meu ritmo preferido, mas já viu, né? Depois de umas a mais na cabeça a gente dança o que rolar. Ri muito e não é que o rapaz do Gambinos se aproximou? Chegou, ficou me orbitando e finalmente se aproximou com duas batidas, uma pra mim e outra pra ele. Depois me chamou pra dar uma volta e fui né, pra conferir. Fomos caminhando sem destino e ele sugeriu que saíssemos em seu carro. Eu até simpatizei com o rapaz, muito bem humorado, espirituoso e bonito. Mas não queria sair do Préfolia, então ficamos ali perto da Praça do Lindinho e até nos beijamos. Só que eu não estava legal e via tudo rodar. Ruim demais beijar assim. Chamei ele pra voltar, pois não estava me sentindo bem. Chegando na praça disparei a tomar agua mineral pra apagar o fogo. Ainda bem que por perto teve banheiro químico, pois depois a situação ficou feia. O rapaz se despediu, dizendo que iria pra casa tomar banho pra voltar. Fiquei por ali mesmo curtindo a festa. O tempo foi passando e começou o show de axé. Eu conhecia a Banda Agá de bailes, mas eles arrasaram também no Axé. Dancei pra caramba. Chegaram as minhas amigas da faculdade e foi uma noite muito gostosa. Fiquei por ali ainda, esperando meu príncipe retornar, mas para minha decepção, ele voltou abraçado a uma morena que devia ter uns 17 anos e parecia até capa de revista. FDP, galinha, insensível. Eu já estava perdidamente apaixonada e o sujeito passou por mim e fingiu nem conhecer. Pensei em armar um barraco, mas me contive. Só que minha noite acabou ali. A essa altura, o teor alcóolico já estava baixo. Procurei meus amigos americanos pra me despedir, mas nada. Peguei meu carro e fui pra casa. No outro dia, surpreendentemente, não tive ressaca. Acordei meio dia e meio e fui tomar uma cerveja com uns amigos num ponto onde todos se encontram aos domingos. Ficamos por ali bebendo e nos tiragostos. Nem almocei. Dali já fui pra praça onde tava rolando uns brinquedos pra crianças. Uma legião de adolescentes saradas desfilavam suas belezas. Fiquei incomodada. Os homens babavam pras lolitas com cheiro de fralda. Que raiva que dava. Fiquei zanzando por ali. Haviam muitos frangotes muito bonitos também com seus torax malhados e braços musculosos. Só que esses meninos, não sei não. Ficavam só ajeitando os cabelos, pareciam mais vaidosos que as meninas. Meu quase ficante do outro dia apareceu e quis se desculpar dizendo que tinha namorada, perguntando se eu não topava sair com ele, ir pra uma quebrada. Olhem que safado? Fingi que não conhecia. Finalmente chegou a hora que eu estava esperando: o desfile dos blocos. Tenho umas amigas que estudam na UEMG e iria torcer por elas. Os desfiles foram muito massa e minha amiga estava arrasando de mulher maravilha, mas eu gostei mesmo foi de um super-homem. Que Deus grego, meu Deus. Não tinha músculos exagerados. Era todo certinho, barriguinha de tanquinho e umas pernas que...meu Deus, passo mal! Dei umas olhadas pra ele, me insinuei e ele até correspondeu. Só que na confusão, acabemos nos desencontrando. Depois, vi ele dando o maior balaço em uma menina do próprio bloco. Fiquei chupando dedo. Mas não entrei em depressão com aquilo. Muito pelo contrário. Cai foi no samba com a turma da UEMG. Parece que o Pré-folia pegou mesmo. No ano que vem vou convidar a galera pra montar um bloco. Adoro essas coisas. Mas pra não perder o costume, tenho de contar um babado forte. Na hora em que estávamos na praça, vimos uma cena incrível de um casal fazendo sexo dentro de um carro muito próximo da área do evento. O mais incrível é que tinha uma boa platéia assistindo, mas o casal não estava nem aí. Mais incrível ainda é que a menina era de Monlevade e depois de todo o love, saiu do carro com o namorado na maior naturalidade, como se fosse a coisa mais normal do mundo. O rapaz não é conhecido, mas a placa do carro era de Itabira. Eu me senti a pessoa mais careta do mundo. Pra essa turminha nova transar é como beijar, totalmente natural e sem culpas. Naquela hora, me senti uma velhinha com 100 anos de idade.

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