quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

REPÓRTER BDB ESPECIAL

A BELA VIAJOU PELO LITORAL BRASILEIRO E ME ENVIOU SEU RELATO. NÃO LIBEROU FOTOS PORQUE QUER MANTER A IDENTIDADE PRESERVADA. DEI UMA RESUMIDA POIS ERAM PÁGINAS E PÁGINAS DE CASOS HILÁRIOS. SEI QUE NÃO TEM MUITO A VER COM A TÔNICA DO BLOG, PRINCIPALMENTE DE FALAR SOBRE POLÍTICA. MAS PRA NÃO CHATEAR A BELA, RESOLVI PUBLICAR ASSIM MESMO.ELA ME DEIXOU OUTRO TEXTO QUE DEIXEI PARA PUBLICAR DEPOIS, FOI SOBRE UM EVENTO EM QUE ELA PARTICIPOU COMO RECEPCIONISTA LOGO QUE RETORNOU, NA CERIMONIA DE POSSE DE 3 NOVOS LÍDERES REGIONAIS. MAS VAMOS AO QUE INTERESSA. COM VOCÊS, OS RELATOS DE VIAGEM DA REPÓRTER BDB.

Olá, pipou. Vocês não tem noção do que é luxo. Eu vou ter muitas dificuldades em me adaptar a vida normal novamente. Passei dias falando inglês, pensando inglês,comendo inglês e tomando muito, muito sol. O legal é que comprei muitas roupas brancas e o contraste cês já viram né? Tô namorando o espelho. Mas a viagem foi muito melhor do que eu podia imaginar. A melhor da minha vida, para ser exata. Eu nunca imaginava que isso poderia acontecer, mas aconteceu. Fui a representante de Minas numa promoção de uma multinacional. De Minas, fomos euzinha apenas e a minha amiga felizarda que não quer ser identificada por causa de alguns detalhes que vocês saberão no decorrer do texto. Chegamos no porto muito cabreiras, pois sabe como é que é né? Somos mineiras e portanto desconfiadas. Mas quando chegamos e subimos ao navio, parecia que estávamos no big brother. Um luxo só, tudo de primeirissima, sem condições. Nunca na minha vida imaginei que frequentaria um espaço tão luxuoso assim. Na chegada, já maravilhadas com o visual, fomos conduzidas aos nossos aposentos para ajeitarmos nossas coisas. Um rapaz branquelão nos atendeu e nos disse que a unica exigência a bordo é que todos falassem apenas o inglês. Fomos conhecer o quarto e uau. Tudo lindooo. Depois de colocarmos as coisas no lugar, saimos para dar uma volta pelo navio. Fomos olhar a piscina enooooorme. Várias pessoas já estavam lá, quase todos branquelos de dar dó. Havia ainda quadra esportiva e uma academia de ginástica de frente para o mar. Coisa de looouco. Passamos um tempão passeando, quando nos deu uma fome daquelas fomos conhecer o restaurante. Mais uma vez, um luxo só. No pacote, tinha também almoços e demais despesas. Estávamos com a corda toda. De repente, percebi que um rapaz de cabelos compridos estava me olhando de uma forma insistente. Ao invés de ficar tímida, o que não é mesmo o meu estilo, fui lá conversar com a turma dele. Percebi que eram argentinos. Vários irmanos cheios das idéias e até bonitos. As meninas que estavam com eles eram bonitas também. Na conversa, já começaram a nos zoar, mas zoamos de volta e começamos uma boa amizade. Tudo em inglês. Eu e minha amiga haviamos praticado em Monlevade,. Passamos 3 dias conversando apenas em inglês. Valeu à pena. De repente, ouvimos o apito e o navio zarpou. Era o inicio de uma viagem maravilhosa pra nós. Acabamos nos enturmando também com uma turma de paranaenses que eram de Apucarana, no interior do estado. Na primeira noite, fomos dormir cedo, pois estávamos muito cansadas. No outro dia, acordamos com uma menina que passava de quarto em quarto, convidando o pessoal para um exercício de relaxamento oriental no convés. Fomos, por causa da novidade. Lá chegando, passamos uma certa vergonha, pois todos estavam com uniformes de ginásticas. Só nós duas de biquini. Uma gafe daquelas. Mas nem assim perdemos o relax. Depois voltamos pra piscina e encontramos nossos amigos que já estavam animadinhos por causa dos drinks que eram servidos. Só que ouviam umas músicas desanimadas. Eram os argentinos que comandavam o som. Tava rolando um ritmo esquisito deles. Não perdi tempo. Fiz amizade com o dono do som e peguei meu pen drive envenenado. Passei pra eles várias músicas de Ivete, da Cláudia Leite, do Chiclete com Bananas e o bicho pegou. Tive de ensinar a argentinada a dançar, é lógico. Elas ficaram meio atrapalhadas, mas os rapazes...ficaram malucos. Rapidinho me tornei a garota mais popular do navio. Ah. Essa foi de morrer de rir. No meio das músicas, tinha um mp3 do Créu. Imaginem eu, uma brasileira arretada ensinando os argentinos a dançar o Creu? Minha amiga ficou com vergonha, mas eu me diverti demaiiis. Mas foi ai que tive uma revelação que a brasileirada vai gostar: os argentinos eram as maiores bibas. No créu então, soltaram as frangas sem medo. Os paranaenses ficaram horrorizados e sairam de perto. Apenas um argentino mais calado parecia não ser uma "menina". E essa argentino estava olhando para a minha amiga. Tinha sido ele quem me encarou quando chegamos, mas parece que ele preferiu o jeitinho mais pacato da minha friend. Fazer o que? Ia ter de chupar dedo. Eles se ajeitaram e até me lembraram o Titanic. Infelizmente o navio não tinha aqueles proas pra gente fazer uma foto pra posteridade. Tudo bem. Começamos finalmente a aportar na cidades programadas. Primeiro foi em Santos. Não gostei. Achei muito feio e cinza. Mas meus amigos leitores. Vou ter de dar uma resumida, pois é muita, muita história pra contar. Não daria nem um livro, mas uma enciclopédia. Vou resumir dizendo que praia mesmo, só da Bahia pra cima. Meu Deus, o paraíso é no Brasil, gente. Não tem nem que ver. Ancoramos em locais que jamais esquecerei, mesmo quando estiver velhinha. Mas tem uma história muito engraçada que eu tenho de contar pra vocês. Depois de alguns dias, fizemos mais amizade com os Paranaenses. Eram pessoas um pouco mais sérias, que gostavam muito de ficar malhando na academia e vendo filmes, mas eram legais. Os Argentinos só queriam saber da farra. Eu gostei dos Paranaenses, pois pelo menos não eram gayzinhos. Até dei uns beijinhos num garoto lindo. Pena que era 8 anos mais novo. Mas tudo bem. Não era pra casar mesmo. Só que as meninas eram caretézimas. Usavam os biquinis feiosos de dar dó e devagarinho, fui deixando elas mais soltinhas. Até que aconteceu algo inusitado. Próximo ao porto de galinhas, em Pernambuco, o pessoal do navio preparou uma lancha pra levar o pessoal pra passar a tarde na praia. Só que no meio do caminho havia uma ilha e eu tive uma idéia maluca. Perguntei pro pessoal da lancha se aquela ilha era segura e me disseram que sim, que era uma ilha deserta, mas que tinha uma areia branquíssima, que de vez enquando até a usavam para cenários de fotos, para filmagens, etc. Perguntei pro pessoal da lancha se poderíamos ficar na ilha e se poderiam nos pegar no final do dia. Eles em princípio resistiram, pois infringia o regulamento, mas com jeitinho e uns sorrisos a mais, consentiram. Só avisaram que de tardinha a maré sobe, mas que a lancha retornaria em temo. Como sou aventureira e tentada, chamei as paranaenses e as convenci a ficar na ilha comigo, só a mulhererada. Elas relutaram, mas finalmente as convenci. Elas toparam a parada e ficamos na ilha. Lá chegando, fiz aquilo que mais desejava: tomar sol de corpo inteiro. Primeiro só de top less e depois como vim ao mundo. As meninas também se animaram e ficaram todas quarando no solão da ilha. Levamos também muita caipirinha e ficou aquela mulherada pelada rindo e contando casos. Havia uma pequena lagoa de agua salgada no meio da ilha também onde nos banhamos sem maldade alguma. Só diversão mesmo. Só que não imaginávamos que a diversão iria virar pânico. De tardezinha, a danada da lancha atrasou e a maré começou a subir. No inicio, tentei tranquilizar o pessoal, mas as mais nervosas começaram a chorar e a gritar. O mar chegando cada vez mais perto e o povo apavorado. Mas de repente ouvimos ao longe o ronco do motor e finalmente a lancha chegou à tempo de pegar a galera, que a essa altura, não tinha mais marca de biquini. Ufa. Foi um sufoquinho, mas valeu à pena. A viagem prosseguiu até chegarmos à Natal, no Rio Grande do Norte, cidade que eu sempre sonhei conhecer. Chegando á natal, fomos ao shopping e nos despedimos. Cada um iria tomar o seu caminho. Foi uma choradeira geral. É a vida. Tudo que é bom dura menos do que deveria. Um Argentino meu deu uma camisa do Estudiantes. Quando o vi com a camisa, logo me identifiquei como torcedora do galo e contei a historinha da Libertadores. Ele tirou a camisa e me deu na hora. Logicamente eu lavei. Argentino tem cheiro de lança perfume. Eles adoram cheirar lança. Nem sabiam o que era loló. Pegamos os aviões de volta e depois de algumas escalas chegamos a Monlevade exaustas. Rapidinho minha amiga arranjou até emprego num curso de inglês e eu nem procurei emprego ainda. Pego uns bicos como recepcionista de festas e dá pra ganhar um dinheirinho pra comprar minhas bugingangas. Graças a Deus, minha familia tem uma condição razoável e tá dando pra levar. O bom de trabalhar como promoter de festa é que vou vendo os babados pra publicar aqui no BDB. Mas se alguém precisar de uma jornalista de alto astral e que agora domina o inglês de conversação, enviem mensagens aqui para o BDB. Um beijo a todos

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